Diante do cenário competitivo do mercado tecnológico da atualidade, a busca por melhorias tem se mostrado um fator crucial para a sobrevivência de empresas de todos os ramos.
Em face desta realidade dos séculos XX e XXI, surge em 1980, a metodologia 6 sigmas (lean six sigma), um conjunto de práticas institucionais que visam promover melhorias em produtos e processos empresariais, objetivando a redução de falhas e o aumento de eficiência e confiabilidade dos mesmos.
Por se tratar de uma estrutura analítica, o sistema de gestão 6 sigmas é quantitativo, por usar análises estatísticas para avaliar defeitos e conformidades; temporal, por requerer um tempo determinado para implementação e alcance de resultados; e articulado, por utilizar um método para realização de análises.
Para realização dos diagnósticos ou análises, além de dados confiáveis sobre a quantidade de defeitos e conformidades em um produto ou processo, a metodologia usa de um método de 5 etapas conhecido como “DMAIC”, sigla em inglês para Definir, Medir, Analisar, Melhorar (Improve) e Controlar.
Ele se baseia respectivamente em:
- definir o que é esperado de um projeto;
- obter dados sobre o processo ou produto;
- identificar as causas dos problemas no processo ou produto;
- propor soluções para os problemas;
- monitorar os resultados alcançados.
Todas essas informações, serão usadas no monitoramento e controle de falhas na produção de bens ou prestação de serviços, as quais matematicamente se apresentarão como uma medida de desvio padrão – geralmente representado estatisticamente pela letra grega sigma (σ).
Para a melhor organização desses dados, se é construído uma tabela com seis classes, as quais irão medir a variabilidade dos processos segundo o número de falhas ou defeitos por milhão de produtos ou ciclos processuais – daí a origem da expressão “6 sigmas”.
O nível sigma 1, contempla 690.000 defeitos por milhão; já o sigma 2, 308.537. Na sequência, tem-se o sigma 3, com 66.807 defeitos. Por conseguinte, o nível 4, engloba 6.210. Já o 5, possui 233. Por fim, o nível sigma 6 comtempla apenas 3,4 defeitos por milhão de produtos ou ciclos de processos, sendo enquadrado como o nível mais alto e desejável.
Todos esses dados e técnicas podem ser utilizados de forma aplicada em melhoramentos que vão desde de a redução de porcentagem de resíduos de sucata na produção de carros em uma indústria automobilística, até a diminuição do tempo de espera nas filas para atendimentos em repartições públicas, como cartórios.
Como consequência das melhorias nos processos e produtos, a metodologia acaba acarretando também, em um retorno financeiro positivo para as instituições que a adotam, bem como uma maior satisfação de clientes, além de uma série de benefícios que perpassam um salto qualitativo e otimizações de resultados obtidos, evidenciando assim, a importância deste conjunto de práticas para as organizações.